Entendendo seu consultório/clínica como uma empresa
Há muito tempo, podíamos nos dar ao luxo de apenas exercermos a profissão que escolhêssemos. O médico poderia ser só médico, o advogado ser só advogado, o psicólogo ser psicólogo, o fonoaudiólogo, o fisioterapeuta, o engenheiro… cada um podia cuidar apenas daquilo para o qual fosse altamente preparado.
As coisas foram mudando e, nesse meio tempo, os lucros diminuíram, a concorrência aumentou, os sindicatos passaram a fazer maior pressão trabalhista, inúmeros convênios foram criados, o paciente particular quase desapareceu, o consumidor passou a ter seus direitos regulamentados. Enfim, nessa avalanche de acontecimentos, além de tentarmos diariamente exercermos as nossas profissões com dedicação e amor, ainda fomos obrigados a tornarmos empresários. Os consultórios ou as clínicas se transformaram em empresas de saúde, com fins lucrativos, que devem observar as leis trabalhistas (CLT) e as convenções coletivas dos respectivos sindicatos.
Já ouvi muitas vezes profissionais relatarem que ficam decepcionados por não saberem o que acontece com seu dinheiro. Ganham bem – mas não sabem quanto ao certo. Gastam muito (altos custos mensais) – mas não têm certeza do valor do gasto, correndo o risco de estarem no vermelho por mera falta de controle.
Não conseguimos saber mais quanto ganhamos ou conhecer quanto gastamos. Necessitamos de formas de controle cada vez mais eficientes, porque corremos o risco diariamente de sermos engolidos pelo mercado.