Até o ano passado, a tabela do IR acumulava uma defasagem de 134,53% desde 1996, de acordo com cálculos do Sindifisco Nacional.
A última correção da tabela do Imposto de Renda foi realizada em 2015, no início do segundo mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Desde então, não houve qualquer alteração.
Até o ano passado, a tabela acumulava uma defasagem de 134,53% desde 1996, de acordo com cálculos do Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco Nacional).
Em 2015, na última mudança, o reajuste foi escalado para as diferentes faixas de renda. Relembre como era a tabela de Imposto de Renda.
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O que mudou desde a última correção
Como era antes da última correção | Como ficou e segue depois da última correção | ||
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Base de cálculo | Alíquota | Base de cálculo | Alíquota |
R$ 0 a R$ 1.787,77 | Isento | R$ 1.903,98 | Isento |
R$ 1.787,78 a R$ 2.679,29 | 7,50% | R$ 1.903,99 a R$ 2.826,65 | 7,50% |
R$ 2.679,30 a R$ 3.572,43 | 15% | R$ 2.826,66 a R$ 3.751,05 | 15% |
R$ 3.572,44 a R$ 4,463,81 | 22,50% | R$ 3.751,06 a R$ 4.664,68 | 22,50% |
A partir de R$ 4.463,82 | 27,50% | A partir de R$ 4.664,68 | 27,50% |
Uma nova correção da tabela do Imposto de Renda foi promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro em 2018. Em junho do ano passado, o governo enviou uma proposta de correção da tabela para o Congresso como parte da reforma tributária. A proposta chegou a ser aprovada pela Câmara dos Deputados, mas não avançou no Senado.
O projeto do governo previa uma atualização da tabela do Imposto de Renda de pessoas físicas, isentando de IR todos os trabalhadores celetistas que recebem até R$ 2,5 mil mensais – o que corresponderia a uma correção de 31% em relação ao limite atual (R$ 1,9 mil).
“A não correção da tabela implica num aumento da carga tributária“, diz Carlos Eduardo Orsolon sócio da área tributária do Demarest Advogados.
Segundo o blog da Ana Flor, de olho na disputa eleitoral, o governo ainda não desistiu de fazer uma correção da tabela.
De acordo com fonte do Executivo, uma eventual correção da tabela neste ano seria menor do que a proposta enviada inicialmente e teria por base o excesso de arrecadação que vem sendo registrado.
Fonte: Fenacon